Elegante sempre - Janaína Depiné

Como corrigir o erro de português de alguém

Independente da sua profissão, é muito importante usar corretamente a língua portuguesa e fugir de erros básicos que podem prejudicar seu trabalho ou prejudicar sua imagem.

Quem não se lembra do deslize do ministro da Educação, Abraham Weintraub, que, ao escrever em uma rede social, disse que um fato era “imprecionante”. Ele redigiu a palavra impressionante de maneira incorreta ao enviar uma mensagem ao deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).

Vários usuários da rede social informaram a ele o erro. A publicação foi apagada posteriormente. Mesmo assim, devido ao cargo e ao erro grosseiro, a gafe vinda de um Ministro da Educação vai ficar para sempre na memória e na mídia.

Porém, erros todos cometem. Mesmo quem tem um português impecável pode errar pela pressa, distração ou mesmo o mecanismo de preenchimento automático que, às vezes, altera a grafia.

Mas, independente do motivo, se alguém cometer um erro de português como agir? Lembre-se desses seis pontos

1. Errar é humano

Mesmo pessoas com um português irretocável cometem deslizes. Por isso, como vivemos na era digital, vale jogar no Google para conferir a grafia.

2.Não corrija na frente de todos

Você pode aproveitar o momento da resposta para usar a palavra corretamente. Isso ajudará o outro a perceber que errou. Se for um texto escrito não corrija publicamente jamais.

No caso de uma legenda errada, mande um direct alertando. Diga sempre: “Acho que seu corretor misturou as coisas: paralisação é com S e não com Z. Isso vive acontecendo comigo.” Assim você ajuda o amigo com carinho.

No caso de um erro falado, caso tenha mais intimidade, quando estiverem a sós, fale do erro com muita delicadeza. E se você for corrigido, mesmo que não goste, agradeça.

3.Seja direto

Na hora de corrigir alguém, seja direto e preciso. Não trate como algo anormal. O melhor cenário é criar uma relação aberta que permita que todos se ajudem a usar a língua portuguesa da forma mais correta possível.

4. Não julgue

É importante considerar que muita gente não teve acesso a um ensino de qualidade ou mesmo não aprende de maneira igual. Já vi gênios em uma área do conhecimento com um português sofrível. Por isso, não faça brincadeiras depreciativas em relação ao erro de português

5. Gírias não são erro

Na internet nascem palavras e gírias que não configuram erros de português, mas apenas códigos de comunicação que servem como instrumentos de formação de identidade em um determinado grupo ou espaço comum. Um coloquialismo, sim. Erro? Não.
Alguns exemplos comuns:

Biscoiteiro: pessoa que faz de tudo para chamar a atenção na internet, postando fotos ou textões só para receber elogios.
Deu ruim / Dar ruim : Gíria usada para expressar a ideia de que alguma coisa saiu fora do planejado, ou seja, que deu errado ou não funcionou.

Shippar: Uma das gírias mais usadas em toda a internet, shippar é o mesmo que desejar a união de duas ou mais pessoas.

Iti malia: expressão usada quando se quer dizer que algo é muito fofo. O termo é originário de “Virgem Maria”, mas é falado com a pronúncia de uma criança pequena.

Catioro ou doguinho: expressões fofas para se referir aos cachorros.

Cancelar: o verbo usado para deixar de assinar um serviço ou desmarcar um compromisso, ganhou uma nova conotação nas redes sociais. Quando uma celebridade faz algo controverso, ofensivo ou preconceituoso, ela é prontamente “cancelada”. Em outras palavras, a pessoa sofre um boicote por parte dos usuários.

Gado: é o famoso “pau mandado”, ou seja, aquela pessoa que faz tudo que os outros pedem e não tem personalidade própria.

6. Criticar regionalismo é preconceito linguístico

O Brasil é um país cheio de pluralidades, portanto, é esperado que existam regionalismos que ultrapassam o padrão linguístico. Isso também é cultura e deve ser respeitada.

E lembre-se sempre: corrigir privadamente é sinal de generosidade e empatia. Fazer isso em público é deselegante e mostra desinteresse com o bem-estar alheio.

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