Elegante sempre - Janaína Depiné

Como falar sem ferir

Você conhece alguém que consegue mudar o ambiente a sua volta com a sua presença, com as palavras que diz ou até com seu silêncio? Você consegue ser essa pessoa?

Vez ou outra alguma amiga ou conhecida me diz que não consegue bem servir, que não tem essa habilidade de colocar a mesa, cozinhar ou arrumar a casa. Já temos compartilhado aqui e eu realmente acredito que bem servir vai muito além de preparar uma refeição e uma das formas de fazê-lo é por meio do que você diz, pela influência que a sua presença pode causar em um ambiente, pelo que o seu silêncio, na hora certa, pode gerar na vida de alguém.

Bem servir é expressar quem você é, os sentimentos que existem dentro de você, o que você acredita, o bem e o amor que você deseja distribuir às pessoas ao seu redor, quem passa por você na rua, no trânsito, trabalho… Bem servir é ser antes do fazer. E podemos revelar isso por meio de pequenos gestos, atitudes, no falar, no silêncio oportuno e também no ouvir (um dia vou falar só sobre bem servir com o ouvir, me lembrem).

Quando você coloca a mesa, senta para escutar ou aconselhar alguém, quando você serve alguém você coloca seu coração à disposição do outro, inclusive, tudo que você é, de bom, de ruim, além da aparência, mas na essência, na motivação.
Há algum tempo tenho refletido sobre o poder do que eu digo para edificar ou destruir a vida de alguém. Tenho escutado algumas mensagens sobre o tema e na Palavra de Deus tem uma infinidade de Provérbios e versículos que nos direcionam a respeito desse assunto.

Um belo dia, caminhando do trabalho para casa, me assustei com algo que vi enquanto passava perto de um ponto de ônibus. Uma mulher, antes de entrar no transporte, gritou exasperadamente com duas crianças que pareciam ter entre três e quatro anos de idade. Ela disse apenas duas palavras e eu de longe quando ouvi fiquei sem ar, paralisei, travei: “Cala boca!”.

Mesmo para mim que fui criada em um ambiente familiar com muitas palavras torpes ditas, aquilo me fez congelar. Um dia, ao encontrar com Jesus, fui redirecionada ao caminho de pacificação, das palavras que edificam, do entendimento que no grito a gente pode até conseguir o que quer mas a custo de muita dor, mágoas, feridas no outro.

Penso como aquelas crianças estão sendo marcadas na sua identidade e o quanto a mãe (acredito que seja) está construindo um muro entre ela e seus filhos. Um dia esse muro pode ficar tão grande a ponto de eles se distanciarem irremediavelmente Quando consegui chegar perto, elas já estavam entrando no ônibus. Só pude clamar pelo poder de Deus curando e reestruturando aquela família. E refletir minha postura, reavaliar minhas atitudes, buscar em Deus força para não seguir meus modelos, para ser uma presença alegre, edificadora, que usa as palavras para abençoar, levantar, curar, preservar, amar e não para denegrir e maldizer.

Em Provérbios 18.21, diz que: “A morte e a vida estão no poder da língua, o que bem a utiliza come do seu fruto”. Podemos escolher como usar as palavras, em qual tom, para passar qual mensagem.

No Espírito Santo encontramos domínio próprio, mansidão, bondade, benignidade, alegria, amor, paz, longanimidade, fidelidade para bem servir as pessoas com o nosso modo de falar. Escolha hoje mesmo a marca que você pretende deixar na vida dos seus filhos, esposo, amigos, familiares, colegas de trabalho, e desconhecidos que passam por você. Não importa o quanto você permitiu que a sua boca proferisse o mal, hoje é dia de mudar. Vamos começar?

Declare sobre alguém o que estou dizendo para você: “Você é uma bênção. Deus escolheu e sonhou com você” e em todo tempo deixe que a sua boca jorre rios de águas vivas que saram e que curam. Ah, e se realmente você não conseguir, faça como eu tenho tentado: vamos ficar caladinhas, água na boca e pedir a Deus ajuda.

Até nosso próximo encontro com mais palavras edificadoras.

 

Perfil_colaborador_Thalita

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