Elegante sempre - Janaína Depiné

Os 7 caminhos para servir de forma autêntica

Escrevo o artigo de hoje, no segundo dia de uma rinite alérgica daquelas! O Outono nem chegou direito e eu já tenho a primeira crise. O primeiro pensamento pra começar o nosso assunto é: “por que é que não perco essa mania de deixar para a última hora?” ou “Por que não priorizei entre as demandas do fim de semana (com feriado) a escrita do artigo quando estava disposta e bem?”.

O arrependimento nessa altura do campeonato já toma conta.
Mas ainda vamos falar muito sobre procrastinação, disciplina, agenda, organização entre outros temas e aprender juntas. Na hora certa vamos ajustar os ponteiros e vencer as barreiras desses dificultadores da singela arte de bem servir. Com certeza quando tiver um pouco mais de forças que agora entre antialérgicos, soro no nariz, litros de água, própolis e chocolate – este último não é prescrição médica contra a alergia, mas nós mulheres sabemos o bem que faz nesses dias…Como sabemos!

Para o nosso papo hoje, gostaria de explorar um outro caminho. O da fraqueza, da dependência, da irrelevância, dos bastidores, do admitir-se não dando conta. Quando a dor nos limita ao quarto, a troca de pijamas, ao calor febril, nossa alma se revela ainda mais frágil.

A nobreza em se reconhecer fraca

Precisamos aprender a nobreza que existe em nos sentirmos fracas, frágeis e dependentes em Deus. O Senhor mesmo revelou a Paulo que a Sua graça era tudo o que ele precisava, pois o poder Dele é mais forte quando ele estava fraco (2 Co. 12-9), essa verdade continua valendo pra nós.

É tremendo o poder de Deus que se manifesta em nós nas nossas fraquezas, mas muitas vezes preferimos nos orgulhar das nossas habilidades.

Preferimos achar que nós damos conta, ficar toda convencida de que a nossa casa só é organizada como é, as pessoas da nossa família só são bem servidas como são, tudo está da forma que está e apesar de tudo nosso lar continua de pé porque nós somos boas obreiras do Senhor, intercessoras maravilhosas, zelosas no cuidado doméstico.

Fugindo do orgulho

É maravilhoso servir a Deus servindo pessoas, mas não podemos permitir que o orgulho nos contamine. Tudo só está onde está, da forma que está na nossa casa porque o Senhor tem permitido por meio da Sua graça e misericórdia. Nós não somos o centro, nós não podemos salvar a ninguém em nosso lar, nem a nós mesmas.

Porém, podemos servir genuinamente com alguns entendimentos:

1)Tudo que fazemos, somos e temos, vem do Senhor. 

Reconhecer a soberania de Deus nas nossas vidas é algo que passa pelo bem servir. (Romanos 11.33).

2) Não devemos nos orgulhar dos elogios que recebemos

Devemos, sim, reconhecer a graça de Deus para sermos o que somos e fazermos o que fazemos.
Quando entendemos isso, também não sofremos tanto quando as pessoas não reconhecem ou criticam algo que fazemos com esmero. É tudo por meio de Deus, Dele, para Ele.

3)Precisamos servir as pessoas como se estivéssemos servindo ao Senhor 

Eu nunca me frustrei servindo Jesus, mas sempre me desaponto quando coloco minhas expectativas sobre pessoas esperando que elas me correspondam. É natural, é humano, mas precisamos ser curadas em Jesus.

4)Devemos permitir que Jesus seja o centro da nossa casa

Quando servimos pensando nas pessoas, reforçamos nas nossas relações um amor por utilitarismo. Quantas vezes você já não se percebeu necessária na vida de alguém por causa daquilo que você oferecia a esse alguém e não por causa do amor que cultivavam? Tudo que fazemos precisa passar pelo crivo do amor de Jesus, doador, liberal, rendido, sem expectativas, para ser legitimado na não necessidade de correspondência. Este é um caminho difícil, doloroso, mas necessário para nosso amadurecimento

5) Aprendendo a não precisar da aprovação alheia

Esses dois dias aqui em casa tenho percebido esse aprendizado de uma maneira muito profunda. Porque eu não estou conseguindo fazer tudo que faço, portanto, não sou tão necessária pela ótica do utilitarismo, mas estou me descobrindo importante na ótica do amor de Deus.

Ontem, meio que arrastando, enquanto meu esposo estava fora trabalhando, fiz a faxina na casa como de costume às segundas-feiras. Quando ele voltou me disse: “por que você foi mexer com lavar banheiro passando mal assim?”. Parei pra pensar e fui rever minha motivação. E realmente, quanto de mim não passa pela necessidade de ser percebida, de ser aceita, necessária, eficaz, útil, aprovada? Se já aconteceu com você ou ainda acontece entende do que estou falando. Poupei-o da resposta.

Tomei um banho, coloquei um pijama e me permiti ser cuidada (por Deus e por Ele). Abri espaço para o conhecimento do amor puro de Jesus que se doou por inteiro, por todos nós, sem retorno, sem nada em troca. Vi que a ação de cuidado do meu esposo para comigo tem mais a ver com o que ele tem recebido em sua relação com Deus do que da necessidade de me corresponder.

6) Precisamos avaliar qual a nossa motivação em servir

Ouvi ontem que não é carente apenas quem exige atenção o tempo todo, mas também aquele que quer servir o tempo todo, cuidar o tempo todo, estar sempre disposto o tempo todo. Com essa experiência, sigo reavaliando minha motivação, a necessidade que tenho de ser amada por aquilo que faço e orando por uma mudança genuína e permanente. Quero viver a realidade de que Jesus me ama tão suficientemente que não tem espaço para carências no meu coração. E que servir é apenas o transbordar deste amor que recebi primeiro Dele.

7)Aprendendo a orar para ser uma serva autêntica

Esta é a minha oração hoje (se acredita que ela também vale para você, ore comigo!

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“Obrigada, Senhor, por me despertar para pequenos gestos que me tiram do centro! O meu individualismo, o meu egoísmo, a minha tendência egocêntrica… Perdoa-me, Senhor! Ajuda-me! As minhas vontades realmente militam contra mim! Eu entendi que o Senhor é tudo. Seja tudo em mim. Amém”.

Até o nosso próximo encontro. Sem alergia, só com alegria!

 

Perfil_colaborador_Thalita

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