Elegante sempre - Janaína Depiné

Servir com amor de Pai a uma mãe

Hoje, o nosso papo com dicas para bem servir quem a gente ama vai ser na cozinha. Sim, porque quem gosta de cozinhar, como eu, ou gosta de comidinhas deliciosas, sabe que cozinha é lugar de intimidade, de conversas que edificam, que somam, que fazem  a gente rir e também chorar intensamente.

Cozinha é aquele cantinho da casa que parece que as pessoas fazem “mágica”. Um, dois, três ingredientes, mais o tempero especial nada secreto (amor) e rapidinho tem alguma coisa gostosa e perfumada pronta para alimentar as pessoas.

Como já compartilhei aqui antes, minhas irmãs e eu, fomos criadas com muitas dificuldades enfrentadas pela minha mãe, em todas as áreas. Primeiro, pelas que trouxe da infância e depois pelas que ela acumulou na caminhada, como o divórcio. Era um tempo muito difícil e minha mãe, muito guerreira, trabalhou arduamente para não deixar faltar nada para nós.

Vimos o esforço dela e também as lutas. Cresci com uma consciência muito grande dos erros e acertos dela, das dificuldades inerentes à sua condição de mãe e mulher após o divórcio, suas próprias limitações, seu desejo de ser melhor e ao mesmo tempo as dificuldades que a nossa própria humanidade nos impõem e que só conseguimos romper em Jesus. Só Nele. Isso tudo, ao longo dos anos, principalmente após a minha conversão, gerou valores profundos na minha alma e que frutificam, pela graça de Deus, nas atitudes. Os obstáculos não são poucos, mas Deus é muito bondoso.
Com a caminhada vamos percebendo que a simplicidade das pequenas coisas maravilhosas que acontecem todo dia não podem mesmo passar despercebidas aos nossos olhos! Precisamos de muito pouco pra ser feliz e o que precisamos imprescindivelmente pra viver não são coisas. Não é dinheiro, não é status, influência ou poder. O que adoece a gente não é a falta de grana, é a falta de amor, de paz, de tolerância, de afeto, de consciência do quanto somos amadas por Deus. Quando não possuímos o que tem valor de verdade, ainda que sejamos afortunados, não somos plenas e nem realmente felizes.
Com o tempo vamos entendendo que não servimos a uma casa, à mãe ou pai, ao marido, aos filhos, a uma instituição ou  a uma empresa. Servimos pessoas. Nossa família que precisa de ajustes e divide conosco um lar que construímos no dia a dia não apenas de paredes, mas de sentimentos, de erros, de acertos, de consertos… Nossos vizinhos, amigos, colegas de trabalho, pessoas que nos passam no trânsito, na escola, nos consultórios, pessoas, simplesmente pessoas.

 

Quando entendemos que qualquer riso, dedo de prosa, lágrima que rola, abraço, aceno, afago, carinho, presente, qualquer olhar, qualquer bom cheiro, qualquer lembrança feliz ilumina a vida de quem está ao redor e a nossa também, ah, como crescemos. Quando entendemos que a felicidade está dentro da gente e que podemos compartilhá-la sem peso, sem acabar, sem nada, ah, servir vira a alegre rotina que todo mundo não cansa de viver!

 

Servindo às mães

Domingo é Dia das Mães, uma ótima oportunidade pra bem servi-las também. Pode ser a mãe, a sogra, a mãe de uma amiga que você admira, a mãe adotiva, a mãe que adotamos… Pode ser um belo dia para irmos para a cozinha preparar algo feito com amor para nossas mães, para aquelas que a seu modo, tão profundamente e com tantas dores que superam as de parto nos trouxeram ao mundo. Algumas não só trazem filhos ao mundo como os acompanham sempre lado a lado até o fim de suas jornadas aqui na Terra.

 

Algumas são daquelas que querem dar conta de tudo, que ligam de cinco em cinco minutos, que morrem de preocupação. Algumas daquelas que acompanham mais de longe, sempre atentas vendo os filhos crescerem. Algumas que se sentem culpadas todo dia porque mesmo fazendo tudo possível ainda acham que está pouco. Algumas que se sentem culpadas todo dia porque acreditam que não deram conta. Algumas que têm os filhos perto, outras longe, umas que vivem bem em família, outras que ainda não conseguiram esse intento.

 

São mães, são mulheres, são filhas como nós. Limitadas, complexas, delicadas, sensíveis aos desamores, necessitadas do amor e da presença do Pai como nós. Não são deusas, não são mulheres super poderosas, não são infalíveis, apesar do quanto se esforçam, se doam, do quanto tentaram, são mulheres, como nós.
Meu desejo é que este domingo de Dia das Mães seja uma oportunidade imperdível para nós filhas (noras, amigas, filhas adotivas…) aproveitarmos para servir com amor de Pai a uma mãe. Sim. Uma oportunidade para, independente das nossas realidades como família, nossa relação mãe e filha, fracassos e conquistas, possamos expressar o amor de Deus, revelar o seu cuidado, perdão e marcar um recomeço.

 

Uma refeição em família, um abraço e um beijo, uma oração, uma carta, uma lembrança, pode ser a realidade do amor de Pai que tudo cura, até uma mãe, uma filha, uma relação. Não negligencie essa bênção, apesar de você, das suas dificuldades, das suas feridas… Ele é nosso Pai, e nós somos mulheres, mães e filhas, necessitadas desse Amor.

 

Perfil_colaborador_Thalita

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