Elegante sempre - Janaína Depiné

Ah, o exagero! Gente que extrapola na roupa, no penteado, no perfume, na academia, na bebida… Enfim, não é novidade que quase tudo em excesso faz mal. Para ajudá-lo a ter uma atitude mais equilibrada, aqui vai uma boa relação das situações nas quais você deveria passar longe do excesso.

Brega ou Chique?
Cabelo estilo mãe da noiva, maquiagem saída do túnel do tempo, acessórios gigantes e roupas extravagantes. O excesso, quando diz respeito à imagem pessoal, pode ser um desastre.

Apesar da aparência não ser obviamente o mais importante, nosso primeiro contato e impressão é pelo olhar. Ao ser visto você gera uma representação: sensual, elegante, brega, desalinhado, exótico… E por aí vai.

É sempre bom pensar se quem você é condiz com quem você aparenta ser. Afinal, uma pessoa elegante nas atitudes deverá ter bom senso nas escolhas estéticas. Ou como diria Coco Chanel, o grande ícone da moda: “Vista-se mal e notarão o vestido. Vista-se bem e notarão a mulher”.

Agradando a quem?
Muitas pessoas físicas e jurídicas abusam na experiência de oferecer brindes e presentes. Mas, reflita comigo: qual a sua real motivação por trás do mimo? Quer fidelizar um cliente? Trabalhe com afinco! Quer conquistar amigos? Ofereça mais ombros e ouvidos. Ter uma marca pessoal e profissional vai muito além do paparico, exige ações concretas.

Na maioria das vezes o melhor presente é uma tarefa bem feita, um carinho sincero, uma atenção verdadeira. Quando precisar de mimos, use-os com moderação.

Além disso, tem muita gente fazendo o famoso jabá para enganar os mais desavisados. A blogueira que posta uma roupa ou produto sem explicar que aquilo é uma publicidade (ou seja, ela recebeu para falar bem do que postou),  está enganando dezenas ou milhares de pessoas.

Odores e fedores
Faça um teste rápido. Pegue o perfume de sua preferência e borrife no seu quarto inteiro. Fique lá por 15 minutos. Insuportável, não? Pois é isso que muita gente faz com o olfato alheio. Toma banho de perfume e sai por aí exalando…

Preste muita atenção: O olfato se acostuma com um cheiro. Assim o cidadão perfumado começa passando umas inocentes gotinhas. Com o tempo abusa e o resultado você certamente já sentiu por aí.

Uma boa dica é usar um perfume de acordo com a ocasião, horário e clima. No cotidiano opte pelos mais leves, reserve os mais densos para as ocasiões sofisticadas ou à noite. Com relação à quantidade, algumas gotas em locais estratégicos, como pulsos e atrás das orelhas. Lembre-se que excesso de perfume enjoa e é muito, muito brega.

Malhado ou massacrado?
A rotina de exercícios quando em excesso vira um vício incontrolável que pode ser tão prejudicial quanto o sedentarismo. Para a esmagadora maioria preguiçosa, caminhar no parque mais próximo é um baita sacrifício, mas para a turma dos malhadores compulsivos a meta nunca chega.

Dá para perceber quando a pessoa pega pesado demais nos exercícios. Quem faz esporte na medida certa não deveria sentir dor alguma, mas os exagerados vivem às voltas com contusões, luxações, e claro, muita dor.

Além disso, essa febre de Instagram fitness onde cidadãos comuns posam de nutricionista e preparadores físicos, postando fotos de suas refeições monotemáticas, cada série de exercício, selfies no espelho da academia…É uma corpolatria sem fim e uma gordofobia sem tamanho.

Claro que cuidar do corpo é bom e necessário. Já idolatrar o corpo não passa de egocentrismo e pura vaidade.

Vício eletrônico
Dados americanos indicam que crianças e adolescentes dedicam cerca de sete horas diárias aos meios eletrônicos (TV, celular, game, web). Não é preciso ser um gênio para dizer que o abuso dos meios eletrônicos gera dezenas de problemas que vão de baixa socialização ao sobrepeso.

Incentive a molecada a ter momentos mais off line, seja praticando esportes, indo a clubes, na casa dos colegas ou simplesmente conversando. Isso vale para os adultos também que vivem escravizados pela onipresente tecnologia dos celulares e redes sociais.

Felizmente há itens importantes cujo excesso não tem contraindicação. O bom gosto é um deles. Amor e carinho também. Quando mais, melhor. Generosidade e gratidão em excesso fazem um bem danado. Mansidão, fé, retidão também ajudam muito numa caminhada saudável e em paz. Por isso, se for para abusar, que seja nisso. Se for para exagerar, que seja no que faz bem para nós e para os outros.