Elegante sempre - Janaína Depiné

A vocação de servir

Hoje quero apresentar uma convidada especial que a partir de agora terá um espaço exclusivo aqui no blog. Ela vai compartilhar um pouco do lindo trabalho que desenvolve: o Ministério Bem Servir que tem revelado às mulheres como é possível demonstrar amor por meio de atitudes simples do cotidiano. Com vocês, minha irmã e amiga, Thalita Daher.


Suja, lava, seca, passa, usa, suja de novo e a rotina de muitas mulheres segue comum em muitas casas. Não é mesmo? No meu caso, não passo, um desafio do ministério do lar que sempre me foi muito grande, mas que com estratégia vou vencendo. Tema que em um próximo texto explicarei melhor.
Neste primeiro artigo para o Elegante Sempre, espaço este cuidadosamente gerado em Deus pela minha querida amiga Janaína Depiné – que me dá a honra de participar com um pouco da minha peregrinação com Deus – quero introduzir o tema “bem servir”.

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Teremos muito assunto para conversar, será um texto escrito há várias mãos, como as que tecem conjuntamente um bordado, semeando enquanto o fazem inspiração para seguir em frente até que a obra seja completa.

Vou falar do que tenho vivido, ouvido e aprendido nessa caminhada, mas sei que para muitas mulheres, donas de casa como eu, esposas como eu, mães ou futuras mães como eu, filhas… mulheres com suas mais diversas identidades, será um desabafo comum, uma identificação nas dores e nas alegrias de ser o que é.

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Começaremos um assunto polêmico, principalmente nos dias de hoje, quando a maioria das pessoas só quer receber, quando somos pressionadas por um século que nos oprime a tirar sempre vantagem, a sermos valorizadas por aquilo que fazemos, por quanto dinheiro ganhamos, por aquilo que compramos ou pela oposição que ocupamos no nosso trabalho, no relacionamento com os amigos e dentro de casa.

Nessa conversa não tem discussão de machistas x feministas, nem nenhum outro tipo de antagonismo que nos leve para os extremos. Nossas pautas se basearão em Deus, seu amor por nós e Sua Palavra que nos alinha, equilibra.

Vamos seguir – não sem muitos embates – na contramão desse pensamento na busca pelo verdadeiro valor que temos como mulher, como filhas, amigas, esposas, mães e múltiplos papéis que acumulamos ao longo da vida.

De antemão aviso que não é uma caminhada fácil, eu mesmo tenho sofrido na mente e no coração os efeitos dessa busca por mim mesma, por Deus, por Deus em mim, mas vale a pena desbravar esse campo de batalha.

0_mulher5Sim, travaremos batalha contra emoções negativas, pensamentos deturpados, sofismas nocivos ao corpo, à mente, à alma, ao espírito. Venceremos as batalhas, cada uma com as armas devidas, e no final, em Deus, sairemos vitoriosas nessa guerra.

 

Um princípio: chamadas a servir

O primeiro princípio para vencermos essa batalha é entender para o que fomos chamadas, que é, independente da área ou lugar, servir. Sim, é por isso que somos tão demandadas por onde quer que a gente passe. Servir é um privilégio, uma vocação, uma dádiva.

 

Quando Deus nos fez estabeleceu a nossa identidade ali no Jardim do Éden como auxiliadoras idôneas. Isso não nos inferioriza em relação aos homens, pelo contrário, nos personaliza, nos qualifica em Deus, nos confere autoridade para cumprir Nele uma missão de parceria, apoio, cuidado.

 

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O ministério de Jesus foi amparado por mulheres. Das mais diversas formas Ele foi servido por mulheres. Penso na mulher que ungiu Jesus com um perfume maravilhoso, até o vaso de alabrasto em que guardava o bálsamo era valioso. Essa mulher ofereceu a Ele o melhor, a pureza de seu gesto anterior à sua morte foi visto como desperdício por aqueles que não entendiam o valor do servir.  Jesus mesmo disse que de geração em geração seria contado o testemunho da atitude daquela mulher. Ela, pela fé, sabia a quem servia, ela quis honrar a quem servia. E por isso marcou seu tempo e deixou um legado para a posteridade. Nós também podemos experimentar isso. O próprio Jesus nos inspirou com o ensino que maior (no reino dos céus) é aquele que mais serve e que Ele mesmo não veio para ser servido, mas para servir.

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Pode parecer pequeno demais o que você tem feito: a missão que o Senhor lhe confiou, o lar onde você tem servido, as pessoas que você tem servido em casa ou no trabalho, mas não é. Tudo o que fazemos com a convicção que é para Deus muda a nossa mentalidade e transforma a forma como temos feito.
Inclinada para um novo tempo, saí do meu emprego como jornalista, mudei radicalmente a minha vida e o medo inicial de descobrir-me não sendo tão necessária em casa (principalmente por ainda não ter filhos) abriu espaço para novos e muitos medos. Vamos conversar sobre eles aos poucos, temos muito o que falar, mas por hoje não quero tomar muito o seu tempo.
Desses nove meses após minha saída já posso adiantar que Jesus tem gerado novas realidades espirituais em mim para que eu compreenda o verdadeiro significado de servir. Nesse processo, não encontrei condições tranquilas e nem favoráveis. Então, não desanime se você também está no meio de uma tempestade, fique tranquila. Ele está no nosso barco.

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Vamos descobrir juntas nosso valor em Deus e cumprir a maravilhosa vocação de servir que temos. Entender que ao contrário do que muitos pensam e até nos fazem acreditar – nós temos muito valor, valor que excede o de finas joias e não depende do que fazemos, mas de quem somos. E vamos colher os frutos de tudo aquilo que geramos no nosso lar – em oração, amor, serviço, entrega e obediência a Deus – mesmo que nos bastidores, longe dos holofotes da vida.
Até o nosso próximo encontro, tecendo novos fios desse bordado encantador que é servir!

Perfil_colaborador_Thalita

 

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