Elegante sempre - Janaína Depiné

A prática de atos agressivos e humilhantes  contra um colega, sem motivo aparente, é conhecida como bullying (bully significa brigão) é já um problema mundial.  Recentemente um suposto bullying gerou um ato de violência numa escola em Goiânia. Veja como ajudar as crianças a não praticarem e se protegerem do bullying.

Evitar o bullying é uma necessidade urgente. Pais, professores e as próprias crianças devem estar empenhadas nisso.

Recentemente em Goiânia, capital de Goiás, um adolescente de 14 anos estava na aula normalmente quando disparou pelo menos 11 vezes contra os colegas de sala de aula. Ele matou dois adolescentes de 13 anos: João Pedro Calembo, com quem tinha uma desavença de adolescente e de quem diz sofrido bullying, e João Vitor Gomes, amigo do atirador e vítima dos disparos a esmo.  Outros quatro jovens ficaram feridos. O adolescente  foi convencido pela coordenadora a desistir de mais disparos.

A arma é de uso da mãe, sargento da Polícia Militar (PM) de Goiás. O pai é major da PM. O revólver tem o símbolo da polícia. Segundo relatos de testemunhas, depois de um disparo dentro da própria mochila e de um tiro para o alto, o estudante mirou em João Pedro Calembo.

A mãe de Calembo disse numa rede social: “Não julgue o nosso filho, a nossa família pelas notícias que você tem lido. Nós e a escola sabemos que não foi assim. Somos pais presentes, disponíveis, empenhados na educação dos nossos 3 filhos. Respeitem nosso luto, somos humanos, falhos, gente que tenta acertar todos dias. Meu príncipe foi morar num lugar onde não há choro, tristeza ou dor. Nosso filho querido, amado, responsável por natureza…amamos vc eternamente! Estou despedaçada, mas o Senhor, no tempo dele, me restaurará”.

Evidente que nem toda criança ou jovem que sofre bullying torna-se um assassino. Assim como nem todo aquele que pratica é mal e perverso. Segundo o terapeuta Jordan Campos : “O que faz com que alguém resista ou não a uma ação que pode virar bullying? Simples – a capacidade do jovem em lidar com frustrações e aprender a enfrentar seus problemas e conflitos. Esta é a maior prevenção ao bullying – aprender a vencer frustrações se submetendo a elas de forma sadia e com orientação. Aprender a respeitar os pais e a vida. Ter lições diárias de cidadania, direitos humanos – mas o mais importante – passar por frustrações e ter apoio dos pais, sem lamentar e encontrar culpados e sim crescer forte entendendo que neste mundo não podemos ter o controle das coisas”.

Por isso, veja como as crianças e jovens podem agir para se proteger contra o bullying:

• Evite brigas, mas defenda-se sempre. Chame um adulto se a outra criança for agressiva com você.
• Lembre-se que os brigões geralmente são crianças inseguras ou entediadas. Alem disso, “quem perde a cabeça perde a razão”. Ainda que você tenha sido ofendida por palavras, se bater numa outra criança levará a pior culpa.

• Ignore provocações e apelidos, mas conte para seu professor e seus pais o que está acontecendo. Hoje as escolas têm uma tolerância zero para o bullying.

• Não espalhe fofocas, nem fale mal de colegas. Pense sempre que se não tiver algo bom a dizer é melhor não dizer nada. Lembre-se da história das 3 peneiras:

 

• Sempre que for falar de alguém, pense em como a pessoa se sentiria se souber que estão falando isso sobre ela.

• Se alguém não gostar de você ignore as provocações. Nunca devolva os insultos. A melhor vingança é viver feliz e continuar sendo bom.
• Trabalhe a sua resiliência, que é a capacidade de lidar com as adversidades e dar a volta por cima. Lembre-se que a vida é cheia de altos e baixos.

 

Esse é um dos tema dos temas do curso “Etiqueta para Crianças” que já fiz algum tempo atrás e devo relançar nas férias desse ano.  Chega de bullying, certo? 🙂

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