Elegante sempre - Janaína Depiné

Ao longo da vida aprendi e desenvolvi o valor da mansidão. Infelizmente, nem tudo são flores nesse campo de paz. Justo por essa característica muitas vezes sei que as pessoas mais mansas são “alvo fácil” de pessoas rudes, abusivas, com pouca moderação ao falar. Ser manso pode fazer de você aquela figura que todo mundo acha que pode falar o que quer e quando quer. E tem também aqueles que parecem testar seus limites. Por isso, hoje mostro algumas estratégias que uso no dia a dia para neutralizar pessoas folgadas, briguentas e agressivas.

1)”Preciso de sua ajuda. Você pode por favor …? “

Sabe aquelas pessoas que nunca assumem sua responsabilidade. Em vez de se irritar com isso ou ficar maldizendo a pessoa, apenas peça o que quer de forma específica e divida a responsabilidade. Sei que não é fácil com tenta gente folgada por aí, mas é possível. Por exemplo: “Eu vou separar o que precisa ir para o depósito, mas preciso que me ajude, você pode por favor levar para lá?”

2)”O que você quer dizer com isso? “

Uma colocação mal feita pode gerar um desentendimento enorme. Antes de tirar conclusões descubra a intenção da outra pessoa com aquela afirmação. Portanto, faça essa pergunta num tom de interesse e não de agressividade para que a pessoa, de fato, se abra. Isso vai ajudar você a entender a frase e preparar sua resposta. .

3)“Obrigada por sua opinião. Vou pensar no que disse”

Quando recebo conselhos não solicitados ou impositivos de pessoas que considero de pouca sabedoria, em vez de esticar a conversa justificando porque não irei levar aquele conselho adiante e dar início a uma interminável e improdutiva conversa, simplesmente digo isso.

Ao agradecer e mostrar que vai pensar no assunto você está sendo gentil e encerrando o assunto com delicadeza.

4)”Como você agiria no meu lugar? “

Essa é uma situação comum com os filhos. Muitas vezes eles podem questionar nossas decisões ( especialmente adolescentes) com tom irritadiço. Um meio interessante de não esquentar o clima e manter a autoridade (sem autoritarismo) é devolver o problema. Ao mostrar que você está aberta a opções e a ouvir descobrirá que às vezes os filhos seriam até mais duros do que nós. Ah, essa estratégia vale para palpiteiros também. Já que a pessoa gosta de se intrometer deixe ela falar à vontade, apenas certifique-se de filtrar bem o que pode ser um bom ou mau conselho.

5)”Vamos esperar o tempo certo para tratar desse assunto”

Algumas discussões simplesmente são prematuras e fáceis de evitar com esse argumento. Por exemplo: se um parente insiste que é importante que seu filho ( que ainda está no ensino fundamental) faça uma faculdade fora do país e começa a citar um milhão de motivos para isso, você pode simplesmente encerrar o assunto lembrando que é muito cedo para discutir a questão. Muita coisa muda com o tempo e não se deve gastar energia com um cenário que amanhã pode ser completamente diferente.

6)”Qual o fato que lhe faz pensar isso? “

Certas discussões nascem da falta de informação. Nessa hora mostre dados, números e fontes. Por exemplo: numa discussão mostre de onde vem suas informações para que o debate não vire uma briga de achismos. Porém, se ainda assim o assunto render encerre com “Fique em paz. Respeito que pense diferente de mim.”.

7)”Eu não gosto disso, então por que não fazemos outra coisa? “

Em vez de fazer algo a contragosto, proponha uma solução boa para ambos.Dizer “não” é importante para não sermos explorados por pessoas abusivas, mas buscar um meio termo é prudente e sinal de maturidade.

8)( silêncio)

Pessoas agressivas precisam muitas vezes de alguém que não as responda. Aquela colega que é rainha do drama ou gosta de pisar em você o que mais quer é plateia. Nessa hora em vez de se irritar com o showzinho, faça como eu, vá tomar uma água, espairecer, conversar sobre outro assunto com alguém… Enfim, afaste-se e não reaja. Sem aplauso o espetáculo acaba.

E você? Como faz para manter a paz nas conversas?