Elegante sempre - Janaína Depiné

Como lidar com pessoas invasivas

Dia desses um colega jornalista desabafou nas redes sociais: “Só eu que detesto gente invasiva?! Recentemente encontrei uma amiga que só faltou perguntar a data de vencimento das minhas contas!”. Certamente esse problema não é só dele. Vai dizer que você nunca se sentiu pressionado por pessoas invasivas? Se for o seu caso, vem que eu lhe ajudo na questão.

Convenhamos, o mundo está mais egoísta e as pessoas andam tão autocentradas que já não enxergam mais o outro, seu espaço e limites.

As relações estão informais, fato, até demais. Cadê aquela delicadeza em se aproximar do outro, respeitando o tempo de cada um?
Veja como lidar com pessoas assim e se policiar para também não ser alguém invasivo.

 

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Quando você limita mostra que respeita a si mesmo e exige isso do outro. Por exemplo, se a pessoa disparar a falar, sem sequer perguntar antes se você pode falar, seja como uma faca Tramontina e tenha um corte rápido. Interrompa o falatório dizendo que não pode falar naquele momento e combine outro horário.

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Um dos grandes problemas das pessoas invasivas é que elas não entendem ( ou fingem não entender) que estão ultrapassando aquela barreira saudável entre você e o outro. Por exemplo, se você sempre recusa os insistentes convites de uma amiga para sair, seja específica: “Fulana, eu sou uma pessoa muito caseira que não gosto desse tipo de programa. Quando você quiser me convidar para um filme em casa, conte comigo. Além disso, estou fora”.

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Nós somos responsáveis por aquilo que permitimos que seja feito conosco. Portanto, respeite-se. Ao sentir-se invadida por um parente, sogra ou cunhada não espere que a outra pessoa vá notar, nem peça ao cônjuge para dar limites na vida que lhe dizem respeito.

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Para entender de onde vem esse imã que atrai pessoas abusivas na sua vida, é preciso olhar para dentro. Às vezes nosso medo em estabelecer limites tem a ver com o medo de ser rejeitado. Talvez você tenha sofrido algum tipo de abandono físico (separação, ausência ou morte) ou emocional (falta de afeto, carinho ou apreciação). Essa pode ser “a raiz da rejeição” (aliás, esse é o nome de um livro excelente escrito por Joyce Meyer. Vale a pena ler e entender mais o tema). O resultado desse medo de ser rejeitado ou abandonado é uma inabilidade para colocar limites em comportamentos inaceitáveis. Entendeu?

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É possível aprender a colocar limites. Comece aos poucos, mas comece. O amigo que quer saber quanto você ganha pode ouvir um “- O suficiente para viver bem”. Já sogra bisbilhoteira pode ouvir um firme aviso seguido de um abraço que direciona a pessoa para onde você quer: “- Sogrinha, vamos deixar as minhas gavetas de lado e conversar aqui na sala, hein?”.

A cada limite sua autoconfiança vai crescendo e você fecha as brechas nas quais deixou os invasores entrarem.

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