Elegante sempre - Janaína Depiné

Quem é que nunca recebeu um pedido de um amigo para fazer um trabalho para ele de graça ou com um desconto camarada? Porém, depois do ato de generosidade você se viu recebendo pedidos extras com frequência? É o que está acontecendo com um leitor que quer saber: como explicar que preciso cobrar por esses novos pedidos sem prejudicar a amizade?

A generosidade é bem gratificante e necessária, mas não paga as contas do escritório. O pior é que, de fato, alguns amigos acham que a ajuda tem que ser vitalícia.  Veja duas opções para você sair dessa situação de um jeito elegante.

COMO RESOLVER

1)Se o serviço que o amigo lhe pediu vai lhe custar recursos financeiros ou o trabalho de uma terceira pessoa, diga:

“Olha eu gostaria muito ajudar você, mas isso demandaria envolver minha equipe e ainda despesas. O que posso fazer é tirar a minha parte e você arcar com os custos. Fica bom para você?”

2) Se você já ajudou uma vez gratuitamente, mas a pessoa agora lhe trata como um prestador de serviço dela, diga:

“Eu estava feliz em ajudar, mas vamos falar sobre o que você pensa daqui para frente. Estou vendo que você vai precisar de algo contínuo, então vou lhe mandar uma proposta. Se você achar que o valor é adequado seguimos em frente.”

Se o amigo concordar com isso, ótimo. Caso contrário, indique outro profissional da sua área com o seguinte argumento: “Melhor do que ter o cliente é ter o amigo, prefiro que um colega lhe atenda para preservar nossa valiosa amizade”.

E aos amigos, uma dica: se você precisa de um serviço, mas não pode pagar, ofereça uma permuta justa ao amigo. Por exemplo: Você é dentista e precisa de um site. Felizmente, um grande amigo seu tem uma empresa de criação de websites. Veja quanto custaria o projeto e ofereça crédito em sua clínica para ele tratar a si ou algum familiar naquele valor. Tudo colocado no papel para ninguém sair no prejuízo, ok?
Você já passou por algo assim? Conte como fez  ou faz para não prejudicar a amizade.