Elegante sempre - Janaína Depiné

Moda “tal mãe, tal filha” é elegante?

A leitora, que já é mamãe, está em dúvida sobre uma moda muito comum nos dias de hoje: vestir filhas como as mães (batizada como “tal mãe, tal filha”). É elegante ou não? A resposta você confere agora.
Qual mulher que quando menina nunca calçou os sapatos da mãe, colocou um colar e brincou de “ser adulta”? Porém essa fantasia infantil pode estar com os dias contados com essa moda “tal mãe, tal filha”.

Muitas grifes têm investido nesse novo estilo de vender roupas. Com modelos idênticos ou semelhantes em alguns aspectos, muitas mães e filhas (e às vezes até filhos) parecem se divertir com isso. E as crianças acabam virando uma “Xerox” da mãe.

Admiração ou imitação

Admiração ou imitação

Precisamos lembrar que além da funcionalidade, uma roupa revela nossa identidade, nossos valores…Por meio da roupa dizemos ao mundo quem somos.

Não é à toa que mães de gêmeos são orientadas por psicólogos a colocarem roupas diferentes nas crianças à medida que crescem. Deixá-las escolher qual estilo e cor combinam com sua identidade.

A escolha da roupa é importante para a construção da autoimagem

A escolha da roupa é importante para a construção da autoimagem

Portanto, é fundamental que as crianças vistam roupas adequadas para as atividades, gosto, idade e perfil delas. As meninas precisam descobrir desde cedo que não são uma extensão da mãe, mas pessoas únicas com personalidade própria. Faz parte da construção da autoimagem.

Acho ainda pior quando mãe e filha se vestem iguais em aniversário. Se a festa é da criança ela é a estrela e não a mãe.
Claro que nenhum radicalismo é bom. Uma peça como uma camiseta, um avental de mestre-cuca ou mesmo pijama, por exemplo, podem ser fofos e até engraçadinhos, mas quando se torna um jeito de vestir já virou patológico.

Veja as dicas para não ser deselegante ao vestir as crianças:

1) Criança não pode vestir roupa de adulto, simples assim. Entender que cada etapa da vida constitui num crescimento interno e externo é fundamental.

2) Meninas não podem usar sapatos de salto alto. Isso é expressamente proibido pelos profissionais de saúde e só irá causar danos futuros à sua filha.

3) Nunca vista seus filhos de maneira que eles pareçam estar fantasiados ou desconfortáveis demais. Evidente que poucas crianças gostam de vestir um terno num casamento, mas aí é bom ensinar que o dress code é assim mesmo.

4) À medida que a criança vai manifestando interesse em escolher o que vai vestir, permita que ela faça as combinações e apenas monitore para seu filho não sair de calça de pijama ( como o meu caçula quis um dia).

5) Cada peça que entra no armário é responsabilidade do adulto. Crianças não podem vestir roupas sensuais, sob risco de uma erotização precoce.

6) Não sugira a moda ‘tal mãe, tal filha”, mas se sua filha (ou filho) quiser uma peça igual a da mãe ou pai, permita apenas uma peça, algo singelo, como uma brincadeira. Não faça disso um hábito.

Elegante mesmo é entender que nossos filhos são únicos e como tais devem ser estimulados a descobrirem a própria identidade e não imitarem a dos pais.

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