Elegante sempre - Janaína Depiné

Você já se viu sem saber o que fazer diante de uma situação dramática? Chorou, gritou, esperneou? Resolveu alguma coisa? Hoje compartilho com você uma história bem antiga que vai inspirar você a sair da murmuração.

Absalão era inimigo do próprio pai, o rei Davi. Foi um filho rebelde e desrespeitoso. Chegou ao ponto de provocar uma guerra civil que custou a vida de 20 mil homens e do próprio Absalão.

Quando o rei soube da morte dele, não comemorou a vitória sobre um inimigo, mas se desesperou por amor paterno. Afinal, qual pai não tem esperança que o filho rebelde se arrependa e mude? Mas a morte é o fim de qualquer expectativa nessa vida. Por isso, apesar de seu exército sair vitorioso, ele fica inconsolável. A comemoração dá lugar ao luto, o exército se abate e angústia domina Davi.

Repetidamente ele clama “meu filho, meu filho”. E o que parecia tão triste no início se torna uma murmuração. Joabe, chefe do exército de Davi, chama o rei à razão. Havia muito a comemorar e aquela atitude estava desanimando o povo.

Então Davi se levanta e vai à porta da cidade. A porta era o primeiro lugar de encontro naquela época. O gesto era o mesmo que dizer ao povo: “Estou de pé”. Começava aí outra luta. Não de espada, mas de ação para conquistar apoio e restituir o reino de Israel à Davi, o que de fato ocorreu.

O curioso nesta história é observar que mesmo Davi tendo sido um rei ungido pelo próprio Deus, não significava que ele não precisaria fazer nada para reassumir o trono. Davi não cruzou os braços e esperou exilado para tomar posse das promessas, mas teve que agir crendo que a palavra de Deus não muda.

Muitas vezes nos encontramos como Davi. Em meio a problemas e tristezas que parecem insuperáveis. Começamos a chorar e murmurar, pois não vemos saída. Porém, nessa hora temos que trazer à memória todas as promessas de Deus para nós, nos colocar de pé e começar a agir. 

Crer em Deus não é ficar prostrado esperando que ele faça o que é nossa parte. A confiança no Pai exige passos de fé, ou seja, agir com a direção do Espírito Santo naquilo que sabemos que Deus espera de nós.

Ainda que as circunstâncias nos assustem e queiram nos desanimar, precisamos nos lembrar de que Deus é justo e nada nos ocorre sem que ele saiba e permita. Porém, se temos fé Ele mesmo renova a nossa força para seguir rumo ao alvo.

“Como são profundos os teus propósitos (…)Tu aumentas a minha força como a do boi selvagem; derrama sobre mim óleo novo (…) para proclamar que o Senhor é justo. Ele é a minha rocha e nele não há injustiça” Salmo 92.